sábado, 13 de abril de 2013

Sergio Sampaio

O Dono do bloco. Humano, demasiado, Sérgio Sampaio Vive.


Hoje é aniversário do Sérgio Sampaio. Qualquer coisa que possamos ou queiramos falar sobre o talento e a magia deste compositor capixaba será pouco. Sérgio é daqueles artistas singulares, que deixa marcado no tempo a beleza de sua arte, a poesia e a música. Um trovador, cantautor, como dizem os espanhóis. Esteve a frente de seu tempo, e só agora começa a ser reconhecido pelas novas gerações da música.

Sérgio nunca se vendeu ou aceitou "entrar" no sistema e por isso sua arte esteve muitas vezes inacessível ao grande público. Sérgio vive em sua obra e em todos aqueles que tem sua vida como referência de liberdade, arte, inteligência, política, poesia...

Sérgio estaria completando 66 anos de idade. Morreu como muitos grandes talentos sem o merecido reconhecimento, mas hoje, se torna imortal pelo que criou que continua a frente de nosso tempo. Característica dos genios? Pode ser, mas com certeza uma genialidade que acima de tudo reflete uma humanidade extrema, humano demasiado humano, como diria Nieszche, esse era Sérgio Sampaio.

Fonte: Viajei de Trem



Sérgio Sampaio (1947-1994) passou pela música popular brasileira como um furacão. Um boa definição sobre o músico capixaba é que “ele chegou atrasado para os anos 60 e adiantado para os anos 70”. Recentemente, foram relançados em CDs remasterizados dois de seus três discos que saíram quando ele ainda estava vivo, Tem que acontecer, de 1976, e Sinceramente de 1982.

Sérgio trocou o Espírito Santo pelo Rio de Janeiro em busca da carreira musical. Acabou cohecendo Raul Seixas e gravando, junto com ele, Miriam Batucada e Edy Star, o surrealista e anarquista Sociedade da Grã-Ordem Kavernsta Apresenta Sessão das Dez, em 1971. Mas o sucesso só chegou um ano depois quando participou do IV Festival Internacional da Canção com a música Eu quero é botar meu bloco na rua, que caiu na boca do povo e virou título de seu primeiro álbum.

Sérgio tinha um temperamento difícil e teve uma convivência complicada com o fama instântanea. Compositor de altíssimo nível, viu-se tachado de maldito e sua carreira, que deveria e merecia ter sido brilhante, estagnou e o levou à depressão. Sérgio acabou falecendo em 1994, vítima de pancreatite. Tudo isso pode ser constatado em sua biografia, Eu quero é botar meu bloco na rua, escrita por Rodrigo Moreira e lançada pela editora Muiraquitã.

Na década de 90, o disco Balaio do Sampaio, com a participação de Erasmo Carlos, Luiz Melodia, Lenine e João Bosco, entre outros, interpretando suas canções, foi uma bela homenagem - em 2006, Zeca Baleiro reuniu alguns músicos e produziu Cruel. Partindo de algumas gravações de Sérgio em voz e violão, esses músicos o acompanharam postumamente criando um disco emocionante.

Sérgio Sampaio teve uma produção pequena em quantidade, mas seu trabalho é impressionante e canções como Eu sou aquele que disse,  Homem de trinta, Em nome de Deus, Pobre meu pai e Tolo fui eu, entre outras, mostram sensibilidade, qualidade e originalidade. Chamá-lo de genial é pouco. Sérgio merece lugar de destaque na nossa música e é exatamente isso que é provado por esses relançamentos.

Fonte:CulturaRJ




SÉRGIO SAMPAIO, um grande musico, um grande poeta e Alvinegro. Ainda não tem o reconhecimento merecido, mas com certeza um dia terá. Evando Bandeira

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