quarta-feira, 13 de abril de 2016

69 Anos do Poeta

CALA A BOCA ZEBEDEU O POETA NÃO MORREU


Sérgio estaria completando 69 anos de idade. Morreu como muitos grandes talentos sem o merecido reconhecimento, mas hoje é imortal pelo que criou que continua a frente de nosso tempo. Característica dos gênios! 
Qualquer coisa que possamos ou queiramos falar sobre o talento e a magia deste compositor capixaba será pouco. 


Sérgio nunca se vendeu ou aceitou "entrar" no sistema e por isso sua arte esteve muitas vezes inacessível ao grande público. Sérgio vive em sua obra e em todos aqueles que tem sua vida como referência de liberdade, arte, inteligência, política, poesia...





Sérgio Sampaio (1947-1994) passou pela música popular brasileira como um furacão. Um boa definição sobre o músico capixaba é que “ele chegou atrasado para os anos 60 e adiantado para os anos 70”. Recentemente, foram relançados em CDs remasterizados dois de seus três discos que saíram quando ele ainda estava vivo, Tem que acontecer, de 1976, e Sinceramente de 1982.

Sérgio trocou o Espírito Santo pelo Rio de Janeiro em busca da carreira musical. Acabou cohecendo Raul Seixas e gravando, junto com ele, Miriam Batucada e Edy Star, o surrealista e anarquista Sociedade da Grã-Ordem Kavernsta Apresenta Sessão das Dez, em 1971. Mas o sucesso só chegou um ano depois quando participou do IV Festival Internacional da Canção com a música Eu quero é botar meu bloco na rua, que caiu na boca do povo e virou título de seu primeiro álbum.

Sérgio tinha um temperamento difícil e teve uma convivência complicada com o fama instântanea. Compositor de altíssimo nível, viu-se tachado de maldito e sua carreira, que deveria e merecia ter sido brilhante, estagnou e o levou à depressão. Sérgio acabou falecendo em 1994, vítima de pancreatite. Tudo isso pode ser constatado em sua biografia, Eu quero é botar meu bloco na rua, escrita por Rodrigo Moreira e lançada pela editora Muiraquitã.

Na década de 90, o disco Balaio do Sampaio, com a participação de Erasmo Carlos, Luiz Melodia, Lenine e João Bosco, entre outros, interpretando suas canções, foi uma bela homenagem - em 2006, Zeca Baleiro reuniu alguns músicos e produziu Cruel. Partindo de algumas gravações de Sérgio em voz e violão, esses músicos o acompanharam postumamente criando um disco emocionante.

Sérgio Sampaio teve uma produção pequena em quantidade, mas seu trabalho é impressionante e canções como Eu sou aquele que disse,  Homem de trinta, Em nome de Deus, Pobre meu pai e Tolo fui eu, entre outras, mostram sensibilidade, qualidade e originalidade. Chamá-lo de genial é pouco. Sérgio merece lugar de destaque na nossa música e é exatamente isso que é provado por esses relançamentos.


Fonte:CulturaRJ


SÉRGIO SAMPAIO, um grande musico, um grande poeta e Alvinegro. Ainda não tem o reconhecimento merecido, mas com certeza um dia terá. Evando Bandeira

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